quarta-feira, dezembro 30, 2009

FELIZ 2010


Baseado em alguns textos de autores renomandos resolvi aqui no ORKUT, escrever um texto de ANO NOVO.
Então vamos lá o meu ensaio. ;)

O caminho do Ano Novo é "mistério conhecido".
É mistério porque é futuro e ainda não existe, mas é conhecido porque é resultado de nossas escolhas e, como tal, já está dentro de nós e a nós pertence.
O caminho da Ano Novo pode ser velho e cansado e não dar em lugar algum, mas também pode ser surpreendente pelos riscos que decidirmos correr, pelas atitudes não adiadas e mudanças que viermos a fazer.
Cada um tem seu caminho, sua estrada, seu destino e parada, cada um tem seu próprio jeito de caminhar, mas todos têm, no fundo, um mesmo rumo e projeto: ser feliz.
Seja com dinheiro, com bens, com amigos, com amores, com filhos, com familia, seja com tudo isso junto ( ai é um milagre ). Mas todos nós pensamos basicamente no que nos fazem felizes.

O ano que passou foi um ano cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal.
Às vezes se espera demais das pessoas. Normal.
A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor machucou. Normal.
O próximo ano não vai ser diferente.
Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí?
Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?
O que eu desejo para todos nós é sabedoria!
E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!
Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida.
Entender o amigo que não merece nossa melhor parte.
Se ele decepcionou, passe-o para a categoria três, a dos colegas, ou mude de classe, transforme-o em conhecido.
Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento
(me lembro sempre de um lance que gosto muito:CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE).

Chorar de dor, de solidão, de tristeza faz parte do ser humano.
Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.
Desejo para todo mundo esse olhar especial.
O próximo ano pode ser um ano especial, muito legal,
se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso.
Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.

Ao contrário de outros anos, em lugar de relacionar o Ano Novo a novas escolhas, a uma revisão de antigos e novos projetos,
à elaboração de promessas, vamos pensar sobre nossos momentos de passagem durante a vida que carregam em sua essência um movimento de mudança.
Nossa cultura cultiva vários momentos de passagem que são marcados por rituais, em sua grande maioria. Assim é, na hora em que uma criança nasce,
quando o jovem atinge a adolescência, quando o adulto casa e quando morre, por exemplo.

Entretanto, pouco se observa, filosoficamente, que tais momentos de passagem envolvem três fases: separação, transição e incorporação.

Em outras palavras, quando o ser humano muda de papel ou de status, ele terá que se separar de antigas associações e relacionamentos, passar por uma fase de transição que, em geral, desperta uma insegurança, para só depois assumir seu novo estágio e se juntar a outras pessoas que dele já fazem parte.

Parece simples, mas não é bem assim. O ser humano tem muito receio de fazer mudanças e o encontro com o novo traz dúvidas e um certo incômodo para a maioria. Por isso, realizar estas passagens não é tão fácil...Mais fácil é festejar a passagem do Ano do que festejar os momentos de passagem do ciclo da vida.

Passagem e mudança são interdependentes. Se não mudamos, continuamos no mesmo lugar, no mesmo status, no mesmo roteiro.
Que o próximo ano possa ser o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou... Pode ser puro orgulho!
Depende de mim, de você.

Feliz 2010 para todos.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Boa Tarde,

Faz muito tempo que não venho por aqui, sabe aquela sensação de esta escrevendo para o VAZIO, pois é assim mesmo que senti, parecia que estava escrevendo para nada, me importando com isso, quando o que deveria importar é a sede de escrever, de exteriorizar sentimentos que realmente têm que ser feitos.
Talvez a decepção excessiva com a as pessoas, tenha me intimidado as escrever, fazendo com o que as palavras fiquem no intimo apenas sacudindo minha mente, não vindo a tona, tomando o verdadeiro rumo simplesmente SAIR e se EXPOR.
Tenho achado meus textos repetitivos, e sem graça, e tenho buscado em fragmentos ou outros algum tipo de inspiração ou de propósito para escrever.

Então a partir de uma estrofe que achei no ORKUT de uma amiga, veio esse belissimo texto que eu achei particurlarmente.
(Estou ficando velho e coração mole para algumas coisas ).


"Há pessoas que entram por acaso em nossas vidas...mas não é por acaso que elas têm o previlégio de permanecer."
(Shakespeare)

"descobres que se leva anos para se construir confiança
e apenas segundos para destrui-la,
e que podes fazer coisas num instante,
das quais te vais arrepender pelo resto da vida."
(william shakespeare)

"Muito poucas pessoas quiseram verdadeiramente sequer um momento só da sua vida, como tão-pouco amaram."
( Hugo Hofmannsthal )


"Aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam..."
(William Shakespeare)

"Não faça de tua presença ser notada, mas de tua ausência profundamente sentida."

"Amadurecer significa separar de forma mais nítida, ligar de forma mais íntima."
( Hugo Hofmannsthal )


Beijos e Abraços para Todos.

Francisco junior

Libação

É do nascedouro da vida a grandeza.
É da sua natureza a fartura
a ploriferação
os cromossomiais encontros,
os brotos os processos caules,
os processos sementes
os processos troncos,
os processos flores,
são suas mais finas dores

As conseqüências cachos,
as conseqüências leite,
as conseqüências folhas
as conseqüências frutos,
são suas cores mais belas

É da substância do átomo
ser partível produtivo ativo e gerador
Tudo é no seu âmago e início,
patrício da riqueza, solstício da realeza

É da vocação da vida a beleza
e a nós cabe não diminuí-la, não roê-la
com nossos minúsculos gestos ratos
nossos fatos apinhados de pequenezas,
cabe a nós enchê-la,
cheio que é o seu princípio

Todo vazio é grávido desse benevolente risco
todo presente é guarnecido
do estado potencial de futuro

Peço ao ano-novo
aos deuses do calendário
aos orixás das transformações:
nos livrem do infértil da ninharia
nos protejam da vaidade burra
da vaidade "minha" desumana sozinha
Nos livrem da ânsia voraz
daquilo que ao nos aumentar
nos amesquinha.

A vida não tem ensaio
mas tem novas chances

Viva a burilação eterna, a possibilidade:
o esmeril dos dissabores!
Abaixo o estéril arrependimento
a duração inútil dos rancores

Um brinde ao que está sempre nas nossas mãos:
a vida inédita pela frente
e a virgindade dos dias que virão!


(Autora: Elisa Lucinda)