sexta-feira, novembro 30, 2007

Entre Mundos

De tanto na vida,
adjetivos tive muitos.
dos mais belo sorriso,
ao mais triste não.

No escuro ou limbo,
Na rua ou em casa,
Não me busques,
Não me acharás.

Na ponte entre dois mundos,
Eu sei que estou,
Sensível,
Invisível.

Não adianta buscar,
Não me verás.
Transito de lado a outro,
a me procurar.

Sonho,
Mundo perfeito,
onde vivo a falsa vida,
sem medo de errar.

Pois lá tudo corrijo,
sem muita coerência,
mas com falsa consciência
de tudo acertar.

Realidade,
sobrevivo no reflexo,
de uma vida vivida
do que penso ou acho que sou.

Vejo o mundo por dentro.
enquanto os outros o vêem por fora,
Vejo uma realidade sem significado,
enquanto os outros vêem sentido em tudo.

Nessa luta sem fim,
Me torno único,
Nessa realidade ambigüa,
Vira estilo de vida.

Nessas idas e vindas,
Torno-me desafiador de meu próprio ser,
buscando o que mais importa na realidade,
Encontrar "EU" mesmo.

Distante, dos sentimentos
Lamento a percepção falha ou nula,
das algumas tolas pessoas,
Que me fazem em seus atos e palavras,
um ser quase invisível.

E nesse momento,
Vivo livremente em um cárcere,
Enxergando a mim e meus fantasmas,
Na solidão das madrugadas.

Não adianta me buscar,
Não me verás.
Transito de lado a outro,
a me procurar.

Nessas idas e vindas,
Ao abrir e fechar das portas,
Me perco e me acho,
habitando um imenso vazio,
De não saber onde estou.

(Francisco Junior)

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